Em 1946, o editor David Astor emprestou a George Orwell uma afastada fazenda escocesa na qual pudesse escrever seu novo livro, “1984”. O editor do semanário britânico “The Observer”, Robert McCrum, conta história da torturante estadia de Orwell na ilha onde prestes a morrer engajou-se numa corrida febril para terminar o livro Robert McCrum “Era um dia claro e frio de Abril, e os relógios marcavam uma da tarde.” Sessenta e um anos após a publicação da obra-prima de Orwell, “1984”, essa primeira frase parece mais natural e atrativa que nunca.Mas quando vemos o manuscrito original, encontramos algo a mais: não tanto o toque de claridade, mas as correções obsessivas, em diferentes borrões de tinta, as quais revelam o tumulto extraordinário por trás da composição.
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