Na história da imprensa ocidental, é provável que poucos jornais tenham demonstrado tamanha bravura na defesa intransigente da democracia como o Münchener Post. Na conturbada Munique da década de 1920, esse pequeno diário foi o primeiro jornal alemão a enxergar nas entrelinhas dos discursos de Hitler o perigo que este representava, quando ainda fazia suas primeiras aparições na cena política da cidade. Numa matéria de 14 de maio daquele ano, o Post mencionou pela primeira vez o futuro ditador, identificando-o como “um certo senhor chamado Hitler”. A partir daquele momento, o jornal passou a cobrir com regularidade as ações da organização nazista, denunciando seus métodos violentos como um caso de polícia – o jornal tinha tradição nesse tipo de cobertura –, numa cruzada para abrir os olhos da opinião pública. Apesar do furo histórico, a trajetória do jornal é muito pouco conhecida dentro e fora da Alemanha. No entanto, um livro recém-lançado no Brasil pela Editora Três Estrelas vem suprir essa lacuna. A cozinha venenosa – um jornal contra Hitler, da jornalista brasileira Silvia Bittencourt, é o primeiro a falar com profundidade sobre a trajetória do Post. Silvia, que mora na Alemanha desde 1991, descobriu seu tema no livro Para entender Hitler, do norte-americano Ron Rosenbaum. Em um de seus capítulos, o livro faz uma referência à luta dos jornalistas do Münchener Post. Ler mais AQUI Fonte: Observatório da Imprensa
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