"Resenha encomendada pela revista Caros Amigos - Ideias de Botequim Marx e Engels, racistas? O que teria levado Engels a escrever, num artigo de 1849, que entre todos os povos do Império Austro-Húngaro “há apenas três que foram portadores do progresso, que desempenharam um papel ativo na história e que ainda conservam a sua vitalidade: os alemães, os poloneses e os húngaros. Por essa razão eles agora são revolucionários. A vocação principal de todas as outras raças e povos, grandes e pequenas, é de perecer no holocausto revolucionário”, e a postular, em carta a A.H. Starkenburg, “vemos nas condições econômicas o que, em última instância, condiciona o desenvolvimento. Por si mesma, no entanto, a raça é um fator econômico”? E por que Marx não só achava que a classe operária “germânica” da Alemanha era superior, por exemplo, à classe operária francesa, como também exaltou todas as revoluções que aconteceram no século 19 na Europa, mas não mencionou nenhuma vez a revolução haitiana, em que os escravos negros derrotaram as tropas francesas, acabaram com a escravidão e se instauraram como povo independente? Segundo o livro “O marxismo e a questão racial – Karl Marx e Friedrich Engels frente ao racismo e a escravidão”, do intelectual cubano Carlos Moore, septuagenário que saiu de seu país nos anos 1960 e está radicado na Bahia, depois de ter vivido em vários países das Américas, Europa e África, tendo sido em Cuba acusado de trabalhar para a CIA e condenado por isso, embora tenha lá voltado para se tratar de câncer, nos anos 1990, tudo isso se deve a que Marx e Engels não estiveram alheios às concepções racistas vigentes em sua época entre os “cientistas sociais” europeus". Fonte: Blog do Renatão
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