Israel assassina 21 manifestantes palestinos e fere outros duzentos
O exército israelense atirou em manifestações pelo estabelecimento do Estado Palestino e o direito dos refugiados de retorno a suas casas e aldeias
Tropas israelenses abriram fogo sobre manifestantes palestinos que exigiam o reconhecimento do Estado Palestino e o direito de retorno aos refugiados. A repressão se deu a atos ocorridos nas fronteiras da Síria e Líbano, além da Cisjordânia e na Faixa de Gaza.
No dia 15 de maio, nos atos que relembram o terror sobre os palestinos desde o dia em foi implantado o Estado de Israel, em 1948, 21 palestinos morreram e mais de duzentos ficaram feridos.
As manifestações nas fronteiras reuniram milhares de palestinos dos campos de refugiados que se formaram quando estes foram expulsos de suas casas e aldeias em 1948.
Em Gaza os manifestantes foram recebidos com uma chuva de balas quando se aproximaram da passagem de Eretz, na fronteira com Israel. Um dos manifestantes, um jovem de 17 anos e mais outros 60 ficaram feridos pelas forças militares de Israel.
No Líbano a marcha se concentrou na aldeia de Marun Al Raas ao sul do país. Os soldados israelenses começaram a atirar quando os manifestantes atiraram algumas pedras em direção à fronteira. Mesmo já percebendo que alguns ficavam feridos, os palestinos avançaram em direção à fronteira. 12 morreram e mais de 70 ficaram feridos.
Na Síria os refugiados palestinos participaram nos atos de repúdio à expulsão dos palestinos em 1948 (quando cerca de 800 mil palestinos fugiram deixando para trás suas casas nas aldeias milenares acossados por um terror que se espraiara da Galiléia a Jerusalém. Junto com seus descendentes os palestinos na diáspora formam uma população de mas de 4 milhões de refugiados que pleiteiam o retorno a sua terra natal).
No protesto, alguns ultrapassaram a barreira fronteiriça nas ocupadas colinas de Golã, território sírio ocupado por Israel desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967. Na Síria, assim como os do Líbano e de Gaza foram recebidos à bala e morreram 8 e 50 ficaram feridos. O Ministério do Exterior da Síria conclamou a comunidade internacional a fazer Israel pagar pelos assassinatos.
Na Cisjordânia, território palestino ocupado onde hoje fica a sede da Autoridade Nacional Palestina, houve protestos em Ramallah, Belém e Jerusalém. O protesto em Ramallah se deu nas proximidades do posto militar israelense em Qalandya. Na repressão ao ato dezenas de palestinos ficaram feridos.
No Cairo, o ato solidário aos palestinos reuniu milhares na Praça da Revolução, a Praça Tahrir agitando bandeiras egípcias e palestinas. De lá centenas marcharam à embaixada de Israel.
Na Jordânia mais de 10 mil portaram bandeiras palestinas perto da aldeia fronteiriça de Karame (que em árabe quer dizer Dignidade e onde ocorreu o primeiro confronto vitorioso com tropas israelenses desde a derrota árabe na Guerra dos Seis Dias. A vitória palestina na batalha de Karame, comandada por Yasser Arafat, quando em maio de 1968 os israelenses retornaram derrotados de uma missão retaliatória, deu força definitiva à liderança de Arafat sobre o povo palestino.
Em diversos países houve atos pelo fim da ocupação de Israel e das atrocidades cometidas contra os palestinos. Os principais foram na Espanha, em Madri – diante da embaixada de Israel, França, Itália, Alemanha, Bélgica, Irlanda, Áustria, Bulgária, Holanda, Turquia, Tunísia, Austrália e nos Estados Unidos.
O assassinato em série de palestinos por parte de Israel prossegue ao mesmo tempo em que as forças da Otan despejam toneladas de bombas sobre Trípoli em apoio aos mercenários arrebanhados pela CIA para tentar derrubar o governo constituído e tomar posse do petróleo líbio.
Fonte: Jornal A Hora do Povo
sábado, 25 de junho de 2011
TERRORISMO DE ESTADO
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