segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

A caça a Julian Assange, via redes sociais

fonte: http://www.brasileconomico.com.br

Um tribunal dos Estados Unidos ordenou que o Twitter entregue informações detalhadas sobre os registros do WikiLeaks e de diversos simpatizantes do site.

Isso faz parte de investigação criminal sobre o vazamento de centenas de milhares de documentos confidenciais.

A intimação datada de 14 de dezembro, solicitada pelo Departamento da Justiça dos Estados Unidos e publicada pela revista on-line Salon.com, afirma que os registros pedidos ao site de microblogs são parte "relevante de uma investigação criminal em curso".

O documento ordena que o Twitter forneça informações sobre as contas do fundador do Wikileaks, Julian Assange, e de Bradley Manning, um analista de inteligência do Exército americano acusado de vazar os documentos divulgados ao público no ano passado pelo Wikileaks.

As informações exigidas pelo governo incluem todos os registros de conexão e horários de sessão, os endereços IP usados para acesso ao Twitter, endereços de e-mail e residenciais, além de dados de cobrança e detalhes de contas bancárias e cartões de crédito.

A intimação inclui as contas de Jacob Appelbaum, Rop Gonggrijp e Birgitta Jonsdottir, antiga voluntária do Wikileaks e membro do Parlamento da Islândia; os três são simpatizantes do site.

"O Wikileaks condena vigorosamente essa perseguição a indivíduos pelo governo dos EUA", afirmou o site em comunicado encaminhado à Reuters por Mark Stephens, seu advogado em Londres.

Ossur Skarphedinsson, ministro do Exterior da Islândia, anunciou no sábado (8/1) que seu governo planeja protestar junto ao embaixador americano em Reykjavik nesta segunda-feira (10/1).

Em pronunciamento transmitido pela rádio do governo, Skarphedinsson afirmou que o comportamento das autoridades americanas é inaceitável e que seu governo fará todo o possível para proteger Jonsdottir.

O governo dos EUA está decidindo se deve apresentar acusações criminais contra Assange por ajudar a divulgar centenas de milhares de mensagens diplomáticas confidenciais americanas, o que causou embaraços a Washington e a diversos de seus aliados

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