sexta-feira, 8 de abril de 2011

O Estado deve intervir no processo econômico?



Paulo Daniel - economista, mestre em economia política pela PUC-SP, professor de economia e editor do Blog Além de economia.

Na troca de comando da Vale, muito se falou, muito se especulou, muito se despolitizou, alguns até afirmaram na ideologização da economia ou da empresa. Apesar de ter sido privatizada no governo FHC, o Estado brasileiro detém via PREVI e BNDES, 60,5% da companhia.

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sábado, 2 de abril de 2011

Celso Amorim: O apoio do Brasil à resolução da ONU contra o Irã terá consequências




Consequências de um voto

por Celso Amorim*, em CartaCapital

No dia 24 de março, o Brasil apoiou a resolução do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas que instituiu um Relator Especial para investigar a situação no Irã. Esse tipo de relator sobre um país específico, do ponto de vista simbólico, representa o nível mais alto de questionamento sobre o estado dos direitos humanos. Para se ter uma ideia, apenas oito paí¬ses estão sujeitos a esse tipo de escrutínio.
Se excluirmos o Haiti, cuja inclusão se deve sobretudo aos efeitos de catástrofes naturais e contou com o apoio do próprio governo de Porto Príncipe, todos os demais (Camboja, Mianmar, Somália etc.) foram palco de tragédias humanitárias graves. São em geral países muito pobres, ditos de menor desenvolvimento relativo, em que o Estado, seja por incapacidade (Burundi, Haiti), seja em razão de sistemas políticos autocráticos (Coreia do Norte, Myanmar), não atende minimamente às necessidades dos seus cidadãos.

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Maria da Conceição Tavares: "Obama foi anulado pelo conservadorismo de bordel dos EUA"






Em entrevista exclusiva à Carta Maior, a economista Maria da Conceição Tavares fala sobre a visita de Obama ao Brasil, a situação dos Estados Unidos e da economia mundial. Para ela, a convalescença internacional será longa e dolorosa. A razão principal é o congelamento do impasse econômico norte-americano, cujo pós-crise continua tutelado pelos interesses prevalecentes da alta finança em intercurso funcional com o moralismo republicano. ‘É um conservadorismo de bordel’, diz. E acrescenta: "a sociedade norte-americana encontra-se congelada pelo bloco conservador, por cima e por baixo. Os republicanos mandam no Congresso; os bancos tem hegemonia econômica; a tecnocracia do Estado está acuada”.

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