quarta-feira, 16 de março de 2011

Wikileaks: Deputado afirmou que governo japonês ocultava informações sobre acidentes nucleares


TARO KONO

Um despacho de 2008 da embaixada dos Estados Unidos em Tóquio revela o descontentamento e preocupação de uma importante figura política japonesa em relação à política nuclear de seu país. No documento, era informado que o governo encobria informações sobre acidentes nucleares, além de ocultar os custos e problemas associados a esse ramo da indústria.

A conversa entre Taro Kono e um grupo diplomático norte-americano teria ocorrido em outubro daquele ano, durante um jantar. O relatório, assinado pelo embaixador Thomas Schieffer, foi obtido pelo site Wikileaks e publicado pelo Guardian.



Clique aqui para ler o relatório feito por Schieffer.

O deputado Kono, um dos principais líderes do Partido Liberal-Democrata, que governou o país de 1995 a 2009 e, portanto, estava no poder no momento do encontro, mirou suas críticas na atuação do Ministério da Economia, Comércio e Indústria, responsável pelo setor nuclear no país, e nas companhias energéticas japonesas. No documento, ele fazia forte oposição à estratégia energética e nuclear japonesa, especialmente em relação a questões como custos e segurança.


Texto extraído do site operamunndi

quarta-feira, 2 de março de 2011

Novidade? Estádios correm risco de virar ''elefantes brancos''


Estudo mostra que cinco devem ficar às traças após o Mundial. Mas esse é só um dos problemas que envolvem as arenas

Problemas com tribunais de contas, alto risco de vários se tornarem "elefantes brancos"" e falhas de projeto. Esses são alguns dos problemas dos estádios que receberão jogos da Copa do Mundo de 2014, de acordo com estudo feito pelo Sindicato Nacional de Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco) que vai ser divulgado hoje. O relatório também alerta para o atraso em algumas construções.


As obras que estão sendo ou foram alvo de investigação por parte dos tribunais de contas estaduais ou pelo TCU (Tribunal de Contas da União) por suspeitas de irregularidades são as do Rio de Janeiro (Maracanã), Brasília (Mané Garrincha), Fortaleza (Castelão), Cuiabá (Verdão) e Manaus (Arena da Amazônia).

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terça-feira, 1 de março de 2011

Entrevista: Philippe Schmitter - ''O Brasil não precisa mais do corporativismo''


O estilo é excêntrico. Gosta de usar chapéu e costumava ser visto em automóvel multicolorido pelas ruas de Florença, na Itália, onde é professor emérito do European University Institute. O americano Philippe Schmitter, de 74 anos, é considerado um dos maiores cientistas políticos do mundo. Em 2009, ganhou o prêmio equivalente ao Nobel da área, o Johan Skytte Prize, da universidade sueca de Uppsala.


Tem opiniões firmes, taxativas. Mas não consegue encontrar resposta para o que chama de "mistério". O Brasil não se encaixa em suas expectativas. Na semana passada, Schmitter voltou ao país, onde esteve em 1967 para pesquisar sua tese de doutorado. À época, entrevistou líderes sindicais e analisou o corporativismo brasileiro, que persiste até hoje, para sua decepção e espanto.


Schmitter alega que não tem respostas pois há tempos não estuda o Brasil. Mesmo assim é incisivo. Afirma que o país precisa de mais pluralismo e critica instituições corporativistas - como Sesi, Sesc, o imposto sindical - que seriam resquícios "fascistas" da era Vargas. O quadro partidário e a legislação eleitoral seriam "caóticos", embora, admita, tenha informações de que o sistema político brasileiro funcione bem.

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