sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Chris Hedges: Orwell estava certo. Huxley, também

Publicada por Luiz Carlos Azenha em 27 de dezembro de 2010 (17:34) na Você escreve

Published on Monday, December 27, 2010 by TruthDig.com

2011: A Brave New Dystopia

by Chris Hedges

As duas grandiosas visões sobre uma futura distopia foram as de George Orwell em 1984 e de Aldous Huxley em Brave New World. O debate entre aqueles que assistiram nossa decadência em direção ao totalitarismo corporativo era sobre quem, afinal, estava certo. Seria, como Orwell escreveu, dominado pela vigilância repressiva e pelo estado de segurança que usaria formas cruas e violentas de controle? Ou seria, como Huxley anteviu, um futuro em que abraçariamos nossa opressão embalados pelo entretenimento e pelo espetáculo, cativados pela tecnologia e seduzidos pelo consumismo desenfreado? No fim, Orwell e Huxley estavam ambos certos. Huxley viu o primeiro estágio de nossa escravidão. Orwell anteviu o segundo.

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"Igreja", "Estado" e certas circunstâncias

Por Eugênio Bucci em 28/12/2010
Reproduzido da Revista da ESPM, volume 17, nº 5, setembro/outubro de 2010

Desde fins do século XIX, as empresas que editam os melhores jornais do mundo começaram a aprender a dividir seus funcionários em duas equipes bem diferentes: uma é a equipe dos jornalistas, que cuidam da área editorial (a "Igreja"); do outro lado, fica a área comercial (o "Estado"). O objetivo sempre foi o mesmo: assegurar um ambiente em que interesses de anunciantes ou financeiros não distorçam as pautas e o enfoque das reportagens. A partir do final do século XX, tudo passou a mudar muito rapidamente. Em algumas redações, o pessoal de marketing ou da publicidade chega a participar da pauta, e ninguém se sente traindo a confiança do leitor. "Igreja" de um lado e "Estado" de outro é coisa do passado? Ou a velha fórmula funciona para um tipo de jornalismo, mas para todos? Epa: mas será que existe mais de um tipo de jornalismo? Essas perguntas valem um artigo. Pelo menos.

Henry Luce (1898-1967), co-fundador da revista Time, levou a fama. Foi ele o principal defensor da ideia de separar o lado comercial (apelidado de "Estado") e o lado editorial (a "Igreja") na administração de Time Inc. – e sua persistência fez escola e deixou um legado que se estendeu para empresas jornalísticas em todo o mundo. Esse tipo de separação, às vezes mais, às vezes menos intensa, já existia antes dele, é fato. Mas, depois de Luce e de sua determinação em deixar sempre explícito que suas publicações existiam para servir ao interesse público, o método "Igreja e Estado" virou um padrão. Ou, melhor: virou o padrão organizacional para gerir os negócios e preservar a integridade jornalística.

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domingo, 19 de dezembro de 2010

O mundo depois de Julian Assange

O presidente Lula e o primeiro-ministro Putin tiveram o mesmo discurso, ontem, em defesa de Julian Assange, embora com argumentos diferentes. Lula foi ao ponto: Assange está apenas usando do velho direito da liberdade de imprensa, de informação. Não cabe acusá- lo de causar danos à maior potência da História, uma vez que divulga documentos cuja autenticidade não está sendo contestada. Todos sabem que as acusações de má conduta em relacionamento consentido com duas mulheres de origem cubana, na Suécia, são apenas um pretexto para imobilizá-lo, a fim de que outras acusações venham a ser montadas, e ele possa ser extraditado para os Estados Unidos.

O que cabe analisar são as consequências políticas da divulgação dos segredos da diplomacia ianque, alguns deles risíveis, outros extremamente graves. Ontem, em Bruxelas, o chanceler russo Sergei Lavrov comentava revelações do WikiLeaks sobre as atitudes da Otan com relação ao seu país: enquanto a organização, sob o domínio de Washington, convidava a Rússia a participar da aliança, atualizava seus planos de ação militar contra o Kremlin, na presumida defesa da Polônia e dos países bálticos. Lavrov indagou da Otan qual é a sua posição real, já que o que ela publicamente assume é o contrário do que dizem seus documentos secretos. Moscou foi além, ao propor o nome de Assange como candidato ao próximo Prêmio Nobel da Paz.
O exame da história mostra que todas as vezes que os suportes da palavra escrita mudaram, houve correspondente revolução social e política. Sem Gutenberg não teria havido o Renascimento; sem a multiplicação dos prelos, na França dos Luíses, seria impensável o Iluminismo e sua consequência política imediata, a Revolução Francesa.
Todos os que sabem escrever e manipular um computador são cidadãos, que são mais que jornalistas
A constatação do imenso poder dos papéis impressos levou a Assembleia Constituinte aprovar o artigo XI da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, logo no início da Revolução, em agosto de 1789. O dispositivo do núcleo pétreo da Constituição determina que todo cidadão tem o direito de falar, escrever e imprimir com toda liberdade. As leis punem os que, mentindo, atingem a honra alheia. A liberdade de imprensa, sendo dos cidadãos, é da sociedade. Das sociedades nacionais e, em nossa época de comunicações eletrônicas e livres, da sociedade planetária dos homens.
É surpreendente que, diante dessa realidade irrefutável, jornalistas de ofício queiram reivindicar a liberdade de imprensa (vocábulo que abarca, do ponto de vista político, todos os meios de comunicação) como monopólio corporativo. A internet confirma a intenção dos legisladores franceses de há 221 anos: a liberdade de expressão é de todos, e todos nós somos jornalistas. Basta ter um endereço eletrônico. As pesadas e, relativamente caras, máquinas gráficas do passado são hoje leves e baratíssimos note-books, e de alcance universal.
É sempre citável a observação de Isidoro de Sevilha, sábio que marcou o sétimo século, a de que “Roma não era tão forte assim”. Bradley Manning e Julian Assange estão mostrando que Washington – cujo medo é transparente em seus papéis diplomáticos – não é tão poderosa assim. É interessante registrar que o nome de Santo Isidoro de Sevilha está sendo sugerido, por blogueiros católicos, como o padroeiro da internet.
Os jornalistas devem acostumar- se à ideia de renunciar a seus presumidos privilégios. Todos os que sabem escrever e manipular um computador são cidadãos, e ser cidadão é muito mais do que ser jornalista. São esses cidadãos que, na mesma linha de Putin e Lula, se mobilizam, na ágora virtual, para defender Assange, da mesma forma que se mobilizaram em defesa da mulher condenada à morte por adultério. O mundo mudou, mas nem todos perceberam essa mudança.
Mauro Santayana


Original: http://contextolivre.blogspot.com

Não matem o mensageiro por revelar verdades incomodas

por Julian Assange [*]

WIKILEAKS merece protecção, não ameaças e ataques.

Em 1958 o jovem Rupert Murdoch, então proprietário e editor do jornal The News, de Adelaide, escreveu: "Na corrida entre o segredo e a verdade, parece inevitável que a venda sempre vença".

A sua observação talvez reflicta o desmascaramento feito pelo seu pai, Keith Murdoch, de que tropas australianas estavam a ser sacrificadas inutilmente nas praias de Galipoli por comandantes britânicos incompetentes. Os britânicos tentaram calá-lo mas Keith Murdoch não foi silenciado e os seus esforços levaram ao término da desastrosa campanha de Galipoli.

Aproximadamente um século depois, WikiLeaks está também a publicar destemidamente factos que precisam ser tornados públicos.

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Julian Assange: Procurado pelo império, morto ou vivo!

As ondas hertzianas americanas vibram com os berros de assassinos vocais que uivam pela cabeça de Julian Assange. Jonah Goldberg, colaborador da National Review, pede na sua coluna publicada numa rede de jornais: "Por que Assange não foi estrangulado no seu quarto de hotel anos atrás?" Sarah Palin quer que seja perseguido e trazido à justiça, dizendo: "Ele é um operacional anti-americano com sangue nas suas mãos".




JULIAN ASSANGE



Assange pode sobreviver a estas ameaças teatrais. Uma questão mais difícil é como é que conseguirá arranjar-se nas mãos do governo estado-unidense, o qual está louco furioso. O procurador-geral, Eric Holder, anunciou que o Departamento da Justiça e o Pentágono conduzem "uma activa investigação criminal agora em curso" quanto à mais recente fuga de documentos publicados por Assange sob a Lei de Espionagem de Washington.

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Documentos sobre Honduras

Postado em 18/12/10

Já estão no ar os documentos sobre a reação brasileira ao golpe em Honduras, que mostram como o Brasil recorreu aos EUA quando Manuel Zelaya entrou na embaixada em Tegucigalpa. Mas eles revelam muito mais, inclusive sobre o foco do Itamaraty em outras regiões – vale dar uma olhada.

Os documentos estão no site, http://cartacapitalwikileaks.wordpress.com/

Wikileaks por Natalia Viana

Bombou

Postado em 18/12/10

Uma notícia das boas sobre o lançamento do Cablegate em terras brasileiras: na primeira semana, entre 29 de novembro e 4 de dezembro, as visitas ao site WikiLeaks.org feitas a partir do Brasil subiram 9.900%. O Wiki passou da posição 164.217 na lista de sites mais visitados para 3.054 em uma semana.

A pequisa foi feita pelo Hitwise Brasil, um serviço da empresa de crédito Serasa Experian, que afirma deter o mais extenso banco de dados da América Latina sobre consumidores, empresas e grupos econômicos. A pesquisa monitora o uso da internet por mais de 500 mil pessoas em 270 mil sites no Brasil.

Claro, isso foi antes do blog ser tirado do ar pela Amazon. A Hitwise ainda não tem os dados sobre o novo endereço do wikileaks – wikileaks.ch. Mas já constatou que as buscas pelo termo WikiLeaks cresceram ao longo das últimas três semanas.

A notícia é boa para quem acha que o Wiki traz uma boa ideia que deve ser reproduzida no Brasil, para quem acha que os documentos do Cablegate são relevantes e pra quem acredita que no futuro a organização pode trazer ainda mais informações relevantes para o contexto nacional


Wikileaks por Natalia Viana

Original: http://cartacapitalwikileaks.wordpress.com/

Um bando de provocadores

Reproduzo aqui o que disse o editor do New York Times, Bill Keller, sobre o WikiLeaks, hoje:

“Ao longo desta experiência, nós consideramos Julian Assange e seu alegre bando de provocadores e hackers como uma fonte. Não vou dizer uma fonte pura e simples, porque como qualquer repórter ou editor pode atestar, fontes são raramente puras e simples”.

Ele disse isso em um evento sobre jornalismo promovido pela Fundação Nieman, em Harvard. E afirmou ainda que Julian Assange não é um jornalista: “Pelo menos não do mesmo tipo que eu”.

Acho que a consideração é perfeita e vem no momento exato: Bill Keller apenas falou alto o que muitos jornais pensam.

A postura dele revela uma coisa simples, que é o fato de que muitos profissionais da mídia tradicional não estão prestando atenção no que está acontecendo com o jornalismo no mundo.

Wikileaks por Natalia Viana

Original:http://cartacapitalwikileaks.wordpress.com/

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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010



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Amanhã estaremos na manifestação em favor da liberdade de Julian Assange.

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Este blog apoia o site Wikileaks

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

ATO PELA LIBERDADE DE JULIAN ASSANGE


Ato pela liberdade de Julian Assange





http://liberdadeparaassange.noblogs.org/ | CMI Brasil apoia Wikileaks e Julian Assange. | É impossível parar Wikileaks! | Por dentro do Wikileaks: a democracia passa pela transparência radical | Wikileaks mais uma vez desafia o Império | [Wikileaks] A velha mídia, como sempre, tenta tirar o foco do que é importante. | Wikileaks publica mais de 90 mil registros sobre a guerra no Afeganistão | Expor a verdade não é ilegal, a guerra que é!

Original: http://www.midiaindependente.org/

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

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